O café faz parte da rotina de muita gente. Mas será que ele precisa ser cortado da alimentação de quem já teve cálculo renal?
A boa notícia é que o café não é problema na sua alimentação. Com moderação, ele pode continuar presente no seu dia a dia inclusive ajudando na prevenção de pedras nos rins.
Café aumenta o risco de cálculos?
De forma geral, não. Segundo a National Kidney Foundation, o café pode até estar associado a uma redução no risco de formação de pedras, principalmente pelo seu leve efeito diurético, que estimula a eliminação de líquidos pela urina.
O importante é considerar o conjunto da alimentação e não apenas um único alimento ou bebida.
E tem mais: se você costuma tomar café com leite, melhor ainda! O leite é fonte de cálcio, e isso pode reduzir a absorção do oxalato presente no café, ajudando na prevenção dos cálculos.
E o café tem oxalato?
Sim, mas em quantidades baixas. A maior parte do oxalato está presente em alimentos como espinafre, beterraba e amêndoas. O café coado tradicional tem teor moderado de oxalato, e dificilmente será a causa principal de uma hiperoxalúria.
Mesmo quem precisa controlar o oxalato pode consumir café, especialmente se a dieta for equilibrada em alimentos fontes de cálcio.
Atenção com o que você coloca no café
O café em si pode estar liberado, mas os acompanhamentos são o perigo escondido:
- Açúcar em excesso
- Leites condensados ou adoçados
- Cremes prontos ultraprocessados
- Caldas de chocolate
- Creme de avelã tipo Nutella
Esses ingredientes elevam o teor de açúcar e aditivos, o que pode contribuir para o risco de novos cálculos.
Se for adoçar, prefira pequenas quantidades de açúcar. Outra dica é experimentar o café puro ou com canela para realçar o sabor, fica uma delícia.
Qual a quantidade ideal de café por dia?
A recomendação segura para a maioria das pessoas é consumir até 3 xícaras de café por dia (cerca de 300mg de cafeína). Quem é mais sensível pode apresentar:
- Aumento na eliminação de cálcio pela urina
- Irritação do trato urinário
- Insônia ou ansiedade
Por isso, o ideal é sempre adaptar à sua rotina, aos seus exames e à orientação do nutricionista.
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Aline Goto
Nutricionista CRN10 2478