Os rins são discretos. Silenciosos. Trabalham o tempo todo filtrando o sangue, equilibrando minerais, controlando a pressão, regulando a produção de hormônios. Tudo isso sem chamar atenção.
E justamente por serem silenciosos, os sinais de que algo está errado podem passar despercebidos.
Muita gente só descobre que os rins estão comprometidos quando a função já está bastante reduzida. Por isso, reconhecer os sintomas mais comuns (e até os mais sutis) pode fazer toda a diferença.
Sinais que indicam que seus rins podem estar em risco
Se você tem histórico familiar, hipertensão, diabetes ou já teve cálculo renal, fique atento a esses sintomas:
1. Cansaço frequente e sem explicação
Quando os rins não funcionam bem, há acúmulo de toxinas no sangue. Isso causa fadiga, indisposição e até dificuldade de concentração.
2. Inchaço nos pés, tornozelos ou ao redor dos olhos
O desequilíbrio na eliminação de sódio e líquidos pode causar retenção e edema, muitas vezes o primeiro sinal visível.
3. Urina espumosa, com cor escura ou com sangue
Mudanças na urina são um dos sinais mais importantes. Espuma persistente pode indicar perda de proteína; sangue ou alteração na cor precisam ser investigados com urgência.
4. Vontade de urinar à noite ou em excesso durante o dia
Os rins perdem a capacidade de concentrar a urina, e isso altera o ritmo de eliminação mesmo quando a ingestão de líquidos não muda.
5. Pressão alta descontrolada
A função renal tem ligação direta com o controle da pressão. Se ela começa a subir sem causa aparente, vale investigar os rins.
6. Perda de apetite, náuseas e gosto metálico na boca
Com o acúmulo de ureia e outros resíduos, o paladar muda e o sistema digestivo também sente. Não é normal “enjoar de tudo” sem motivo.
Mas atenção: esses sinais nem sempre aparecem juntos
Em muitos casos, a doença renal crônica evolui de forma silenciosa. Às vezes, o único sinal é uma creatinina um pouco alterada em um exame de rotina e mesmo assim, isso já exige atenção.
Por isso, esperar sentir algo para agir pode ser arriscado.
O que fazer se você tem suspeita ou fatores de risco?
- Converse com seu médico e solicite exames simples: creatinina, ureia, taxa de filtração glomerular e exame de urina
- Se tiver histórico de cálculo renal, diabetes ou hipertensão, procure acompanhamento nutricional desde já
- Ajustes na alimentação fazem diferença antes mesmo de aparecerem sintomas graves
Conclusão
Seus rins podem estar pedindo socorro mesmo que em silêncio.
A boa notícia é que existe prevenção, controle e até reversão de danos iniciais quando o cuidado começa cedo. A nutrição é uma ferramenta poderosa nesse processo, e não precisa ser sinônimo de restrição ou sofrimento.
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Aline Goto
Nutricionista CRN10 2478